Batalha no Olho de Deus
- Não confundir com a Batalha acima do Olho de Deus, travada em 130 d.C.
Batalha sob o Olho de Deus | |||||||||||||||||
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Maegor I Targaryen e o dragão Balerion matando o jovem Aegon Targaryen e seu pequeno dragão Quicksilver durante o combate sob o Olho de Deus. Imagem por Michael Komarck em O Mundo de Gelo e Fogo. | |||||||||||||||||
Data | 43 d.C. | ||||||||||||||||
Local | Olho de Deus, nas Terras Fluviais | ||||||||||||||||
Resultado | Vitória de Maegor | ||||||||||||||||
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A Batalha sob o Olho de Deus foi um grande combate que rolou no coração das Terras Fluviais (no Olho de Deus) em 43 d.C.. Aconteceu durante uma disputa de sucessão entre Maegor I e o jovem Aegon, o irmão e o filho do falecido rei Aenys I Targaryen, respectivamente.
Prelúdio
O rei Maegor I Targaryen, meio-irmão do falecido monarca Aenys I, reivindicou o Trono de Ferro em 42 d.C.. O filho mais velho de Aenys, o príncipe Aegon Targaryen, estava sob cerco no castelo de Paço de Codorniz por milhares de Pobres Companheiros, deixando-o impossibilitado de questionar as ações do tio. Após Maegor vencer um julgamento dos Sete contra os Filhos do Guerreiro em Porto Real, a mãe de Aegon, a rainha viúva Alyssa Velaryon, que estava em Derivamarca, tentou proclamar seu filho Aegon como rei, mas não recebeu apoio. Apenas quando os Pobres Companheiros abandonaram o cerco a Paço de Codorniz para marchar para Porto Real, o príncipe Aegon e sua irmã-esposa, a princesa Rhaena, conseguiram partir. Eles fugiram para Rochedo Casterly, onde receberam proteção de Lorde Lyman Lannister. A senhora Jocasta, esposa de Lyman, discerniu que Rhaena estava grávida. A princesa deu à luz a gêmeas, Aerea e Rhaella, naquele ano.[1]
Aegon permaneceu inflexível sobre sua reivindicação ao trono, mas não conseguiu encontrar muitos lordes que estariam dispostos a sofrer com a ira de Maegor por apoia-lo. Nem mesmo seu anfitrião, o lorde Lannister, estava disposto a apoiar Aegon, embora ele também tenha recusado o pedido de Maegor de entregar o príncipe e sua esposa. Além disso, foi dito que até a própria mãe de Aegon abandonou a causa dele, já que ela estava presente em Porto Real para o terceiro casamento do rei Maegor.[1] Muito dos jovens nobres que acompanharam Aegon e Rhaena na sua procissão, abandonaram-nos e dobraram o joelho para Maegor, e as pessoas passaram a chamar o príncipe de "Aegon o Não Coroado". Contudo, Lorde Jon Piper e sua irmã Melony, um antigo favorito de Rhaena, chegaram em Lannisporto com seus irmãos para dar a lealdade da Casa Piper a Aegon.[2]
Enquanto Maegor estava em Vilavelha, Aegon e Rhaena usaram a ausência do rei na capital para entrar escondidos na cidade, apoiados por membros da corte do próprio Maegor, que, naquela altura, já estavam cansados da crueldade do rei. Uma vez em Porto Real, Rhaena recuperou seu dragão, Dreamfyre, enquanto Aegon reivindicou Quicksilver, o dragão de seu pai.[2] O príncipe retornou para as Terras Ocidentais montado no seu dragão com o intuito de reunir um exército contra o seu tio, embora o Lorde Lyman ainda estivesse relutante. Então, Aegon e Rhaena decidiram reunir seus apoiadores em Donzelarrosa, o castelo da Casa Piper.[2] Eventualmente, Aegon conseguiu o apoio de algumas casas nobres e cavaleiros das Terras Ocidentais e das Terras Fluviais, incluindo os lordes Tarbeck, Piper, Roote, Vance, Frey, Paege, Parren, Farman e Westerling. Alem disso, Lorde Corbray, Denys Snow e o quarto filho de Lorde Connington se juntaram ao príncipe Aegon.[1] Cerca de 500 homens extras chegaram de Lannisporto, liderados por Sor Tyler Hill, filho bastardo de lorde Lyman Lannister.[2]
Embora o exército reunido por Aegon tivesse comandantes experientes e nobres cavaleiros (como Lorde Myles Smallwood[3] e Lorde Qarl Corbray), nenhuma grande casa apoiou o príncipe. Quando Aegon começou sua marcha para Porto Real, em 43 d.C., o rei Maegor foi informado da situação por sua Mestre dos Sussurros, Tyanna da Torre, que também descobriu que a rainha viúva Alyssa Velaryon estava se correspondendo secretamente com os lordes das casas Stark, Arryn, Lannister e Baratheon. Contudo, nenhum dos grandes lordes queriam apoiar o príncipe sem saber se Aegon estava pronto e teria habilidade para conseguir a Coroa.[1][2]
A batalha
Em 43 d.C., o príncipe Aegon abertamente reivindicou o Trono de Ferro e repudiou o rei Maegor I como um tirano e um usurpador.[1][4] Ele marchou pelas Terras Fluviais com um exército de quinze mil homens e montado em seu dragão Quicksilver.[1] Contudo, os lordes Lucas Harroway e Prentys Tully decidiram apoiar Maegor com suas próprias tropas,[1][5] e Sor Davos Darklyn da Guarda Real marchava da capital com cinco mil homens adicionais.[1] Da Campina chegaram os lordes Peake, Merryweather e Caswell e suas forças também em apoio ao rei.[2] Embora estas forças fossem pequenas, eles vinham de todos os lados. Com apenas 17 anos, Aegon era um comandante inexperiente. Ele se recusou a atacar as forças de Maegor separadamente antes que elas pudessem se juntar, como o lorde Qarl Corbray tinha lhe aconselhado, já que o príncipe não queria dividir suas tropas. Ao invés disso, ele prosseguiu em sua marcha para Porto Real.[1]
Então, ao sul do Olho de Deus, o príncipe Aegon encontrou as forças de Sor Davos Darklyn bloqueando sua passagem de uma posição alta atrás de uma murada de lanças, com as tropas da Campina chegando pelo sul e os soldados dos Tully e de Harroway vindos do norte. Aegon ordenou um ataque direto contra a posição de Sor Davos, esperando destruí-lo antes que seus reforços chegassem para flanqueá-lo. Aegon montou em Quicksilver, pretendendo liderar o ataque pessoalmente. Contudo, o rei Maegor I apareceu, vindo do sul, montado em Balerion, que era muito maior e mais poderoso que Quicksilver. Balerion, o Terror Negro, caiu sobre o dragão mais jovem e frágil, rasgando e arrancando uma de suas asas. Quicksilver caiu imediatamente, com o príncipe Aegon ainda em suas costas.[1]
Com a queda de Aegon, os rebeldes quebraram e debandaram. Eles acabaram cercados e destruídos pelos soldados leais a Maegor e no final mais de dois mil homens do príncipe foram massacrados, incluindo o lorde Alyn Tarbeck, Denys Snow, Lorde Jon Piper (junto com sua irmã Melony e dois irmãos), Lorde Ronnel Vance, Sor Willam Whistler e Lorde Farman e seu herdeiro. Dentre as forças de Maegor, suas baixas foram bem menores. A única perda notável para o rei foi a morte de Sor Davos Darklyn, que fora tombou pelas mãos de Lorde Corbray com a Senhora Forlorn.[2][1]
Consequências
A batalha sob o Olho de Deus, em 43 d.C., foi seguida por meio ano de julgamentos e execuções. A rainha da viúva, Visenya Targaryen, conseguiu persuadir o rei Maegor I a poupar alguns lordes que haviam se rebelado. Maegor exigiu terras e títulos dos senhores rebeldes e tomou vários reféns para garantir a lealdade deles.[1]
A princesa Rhaena conseguiu evadir a captura, permanecendo no castelo de Donzelarrosa com suas filhas e seu dragão. Após saber do resultado da batalha, Rhaena reuniu suas filhas e fugiu das Terras Fluviais, temendo a ira do seu tio. Chegando em Lannisporto, ela acabou fugindo para Casteloleal, a fortaleza de lorde Marq Farman. Com seu pai e irmão tendo falecido na batalha lutando pelo príncipe Aegon, Farman ofereceu a Rhaena santuário sob o seu teto.[2] Enquanto isso, com a morte de lorde Tarbeck, Maegor se casou com a esposa dele, a senhora Jeyne Westerling.[1]
Durante o Levante da Fé Militante, os Pobres Companheiros, liderados por Sor Joffrey Doggett, acabaram assassinando alguns dos apoiadores de Maegor que haviam participado desta batalha, incluindo o velho Lorde Merryweather, o herdeiro de lorde Peake e o pai de Sor Davos Darklyn.[2]
Referências
- ↑ 1,00 1,01 1,02 1,03 1,04 1,05 1,06 1,07 1,08 1,09 1,10 1,11 1,12 Os Filhos do Dragão.
- ↑ 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 2,5 2,6 2,7 2,8 Fogo & Sangue, Os Filhos do Dragão.
- ↑ Fogo & Sangue, Nascimento, Morte e Traição sob Jaehaerys I.
- ↑ O Mundo de Gelo e Fogo, Os Reis Targaryen: Maegor I.
- ↑ O Mundo de Gelo e Fogo, Os Sete Reinos: As Terras Fluviais, Casa Tully.